domingo, 3 de abril de 2011

Resenha crítica: O Discurso do Rei

    Estava louquíssima para assistir o tão bem falado O Discurso do Rei, o filme que ganhou o Oscar de melhor filme este ano. Todos comentavam sobre o filme e eu, obviamente, ficava boiando quando alguns amigos meus discutiam o filme. Mas finalmente arranjei um tempinho hoje e fui assistir e logo que eu terminei não perdi tempo para mostrar para vocês aqui no blog as minhas impressões.




  O filme é sobre a vida do inglês George (Collin Firth) que se torna rei da Inglaterra. Porém há um grande problema: ele é gago desde os seus 4 aninhos e precisa fazer discursos frequentemente ao público. Com o apoio da sua esposa Elizabeth (Helena Bonham C.) ele encontra Lionel Logue (Geoffrey Rush), que o ajuda a falar sem gaguejar através de um método terapêutico com consultas frequentes.
Com a auto-confiança que Logue transmite para George, ele encara a sucessão de seu irmão David (Guy Pearce) como o novo monarca da Inglaterra e supera a dificuldade de falar em público. Dirigido por Toom Hoper e lançado nos cinemas em 2010 o filme deu o que falar.

  Sinceramente? Achei o filme emocionante porém eu esperava mais. A atuação do Collin Firth - que aliás, acho um ótimo ator - foi marcante. Em momentos de histeria, raiva e principalmente a angústia por não conseguir falar sem gaguejar, foi bem sincera e convincente. Ele realmente mereceu o Oscar de melhor ator, sem a menor sombra de dúvida. Além de Firth, Geoffrey foi outro ator que foi excelente ao decorrer do filme, acho que se ele quiser pode mudar de ator para terapeuta sem problemas. Com certeza ele não passa fome. Agora, uma das coisas que mais marcaram no filme para mim - e imagino que para quem assistiru o filme também-  foram seus exercícios, pelas músicas e pelos palavrões que Logue incentivava o rei a falar durante as consultas. Tudo isso para o monaca relaxar e ganhar confiança na hora do diálogo.
  Porém achei o filme parado demais. Há um clima de superação, garra, vontade mas não existem muitos conflitos secundários na história. Há apenas o conflito do seu irmão se casar com uma moça divorciada duas vezes - situação que na época era um escândalo - e a declaração da guerra contra a Alemanha. As filhas do rei foram mostradas apenas duas vezes, antes da nomeação de rei e depois de assumir o trono.
  Porém o filme tem uma coisa muito positivo para transmitir. O medo dos desafios que e as barreiras no meio do caminho podem ser superadas, apenas com força de vontade. Afinal, o terapeuta que dizia ser um profissional de verdade era apenas um homem sábio por causa das suas vivências. Ele foi um trapaceiro quando fingiu ser um profissional, porém teve a sensibilidade e passou confiança de que o rei precisava para conseguir falar em público sem gaguejar, o suficiente para conquistar a amizade verdadeira de George.
 
  Há pessoas quem concordem com a premiação do filme mas, particularmente, achei Cisne Negro mais intrigante e inovador. O Discurso do Rei para mim é um ótimo filme que tem uma direção e uma construção do cenário bem feita, dando aquela sensação que o filme foi gravado lá para os  meados de 1930, vivenciados no filme. Mas a falta de um clímax me deixou um pouco desanimada. Mesmo com tanta polêmica sobre estes dois filmes há uma coisa eu posso afirmar uma coisa com muita certeza: tanto Cisne Negro quando O Discurso do Rei são filmes emocionantes, que valem a pena serem assistidos.

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