domingo, 22 de abril de 2012

Resenha crítica: Sete Dias com Marilyn



Direção: Simon Curtis
Ano: 2012
Duração: 1h39min
Título original: My Week With Marilyn

Critica

Real e tão encantador quando Marilyn Monroe. Parece até que o telespectador é mais íntimo da musa dos anos 50.

A história verídica acontece nos bastidores do verão de 1956, quando o jovem Colin Clark (Eddie Redmayne) vai a Hollywood em busca experiência e sucesso na indústria cinematográfica como diretor. Mas por enquanto, ele é apenas um assistente de set de filmagem. Ele tem o privilégio de estar entre as duas grandes estrelas Marilyn Monroe (Michelle Williams) e Sir Laurence Olivier (Kenneth Branagh) durante a filmagem da comédia O Príncipe Encantado, que seria exibido em 1957 nos cinemas. Durante essa semana que o jovem assistente convive com a estrela Marilyn eles vivem momentos inesquecíveis e dramáticos.
  Que Marilyn Monroe exalava sensualidade e demonstrava ser uma grande mulher nas telonas todos percebem disso. Mas apenas poucos sabem sobre o comportamento da atriz atrás dos bastidores, com seus problemas emocionais, uso de sedativos e dificuldades de lidar com a fama e a vida pessoal. Um aspecto tão desconhecido mas ao mesmo tempo tão relevante não poderia ser ocultado. Afinal, isso é muito importante para entender a vida e até mesmo a morte da atriz. Mas felizmente, o filme veio para mostrar a todos o desconhecido, a vida de Marilyn Monroe na sua totalidade: como atriz e como esposa fora do glamour de Hollywood.
  Através do personagem Colin Clark o telespectador conhece uma Marilyn Monroe que é mais Norma Jean Baker do que uma grande estrela. Uma mulher insegura em relação ao seu marido Arthur Miller (Dougray Scott), com dificuldade de lidar com a fama e com a vida pessoal, ao ponto de usar medicamentos em excesso. Os atrasos no set de filmagem mostravam uma Marilyn Monroe menos glamourosa e mais humana, entretanto igualmente encantadora e inspiradora na vida real quanto nas telas. Devido a todo esse charme natural da atriz, o jovem Colin se apaixona por ela e vive esses sete dias de romance intensamente. Apesar da sua ingenuidade ele sabe que todo esse encanto não durará muito tempo. Mas Colin está disposto a viver o presente, sem se preocupar com o sofrimento da separação que terá que lidar mais tarde.
  A atuação de Michelle Williams foi realmente convincente assim como a aparência da própria atriz. Dá até para ter a sensação que estamos vendo a própria Marilyn Monroe, viva em 2012. A responsabilidade de fazer o papel de um sex simbol  dos anos 50 tão querido e tão vivo na lembrança das pessoas de hoje em dia, é um tremendo de um desafio. É preciso ter muita confiança e estudar muito o personagem para se sair bem. Enfim, palmas à Michelle Williams e todo o elenco que se saiu muito bem. Inclusive o protagonista Eddie Redmayne, que conseguiu transmitir tanta inocência e cumplicidade nas cenas. Tá aí um ótimo filme para assistir no domingão, com direito a vários cobertores e muita pipoca.


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