terça-feira, 1 de setembro de 2009

alguém ideal .

ela adorava músicas das antigonas, ela não fazia o tipo romântica, tinha um estilinho meio desleixado, mas não deixava de ser bonita. ela era daquele tipo de garota que era mau educada e que não ligava para o que os outros diziam. ela se sentia bem com pequenas coisas. como sair com os amigos ou pegar o violão e tocar algumas músicas, na verdade mais que isso. ela tocava pra espantar as suas tristezas e mágoas .
apesar de ter uma boa vida, sempre sentia uma parte incompleta. não havia uma felicidade incondicional nas suas músicas que ela criava, não havia nada de tão bonito e nem comovente pra alguém achar ..
a sua vida era normal como a de qualquer adolescente de 17 anos. sempre sonhando com o dia de fazer os seus tão esperados 18 anos, sonhando em sair de casa morando sozinha e fazendo tudo o que sempre quiz fazer mas nunca pôde. mas também com medo de assumir certas responsabilidades de que qualquer pessoa que mora sozinha teria que ter. e também o medo de se perder na neura que todos os adultos têm, e perder toda a inocência e a bela que a vida tem, que é realmente se divertir.
ela queria viajar conhecer novos países e falar muitas línguas, ter um trabalho que consiga pagar as suas contas e que também se sinta realizada fazendo o que realmente ama fazer. o que ela ainda nem decidiu ainda. mas ela queria, assim como qualquer pessoa gostaria de ter.
ela queria fazer uma tatuagem e colocar aquele piercing tão sonhado, ela queria ser livre . não depender de ninguém, não escutar o decisão final como um não.
queria ter uma vida agradável com muitos prazeres e diversões. ela era uma sonhadora nata, desde que nasceu, desde que conheceu o que é o mundo e o que ele pode lhe dar.
mas uma coisa ela nunca pensou na vida .. encontrar alguém com quem ela realmente se identificasse. claro, ela tinha seus casos à parte com garotos como qualquer adolescente qualquer a essa idade teria. mas ela nunca realmente se envolveu com um garoto com que ela realmente pudesse dizer : eu te amo, olhando nos olhos dele.
ela achava que o amor era uma mera ilusão, era um precipício que só os fracos se entregavam por causa da cegueira. ela achava o amor a coisa mais ridícula do ser humano.
até um dia, um garoto que não era lá aquelas coisas de beleza, que não era o mais popular e não era o mais atlético e simpático da turma conheceu essa adolescente desacreditada em algumas coisas da vida.
e assim a pouco tempo depois eles viraram amigos. mas sempre com muitas brigas, com muitos problemas. e ela me contou um dia que eles estavam brigados, e que ele pegou o braço dela tentando conversar com ela, tentando se explicar .. mas como sempre a ignorância aparecia nas atitudes dela, aparecia nos olhos dela. ela não estava nem aí.
depois de um longo tempo de briga. Um dia essa garota foi na casa de uma amiga dela, que saiu do computador para ajudar a mãe. e advinha quem estava on-line no messenger ? aquele garoto. e ela me diz até hoje que não sabe como ele sabia que era ela, ele simplesmente chutou em cheio. com isto os dois começaram a conversar .. e depois dessa conversa, surgiu as pazes.
conforme o tempo as brigas se tornaram raras, apesar da oposição de idéias sempre existente entre os dois, mas conforme o tempo, cada um aprendeu a respeitar os seus pontos de vista.
e então depois de um tempo os dois viraram carne e unha, eram super amigos, eram o que podereriam se chamar de melhores amigos.
mas depois de um tempo muitas barreiras apareciam foram aparecendo .. muitas foram ultrapassadas, mas algumas deixaram alguns ressentimentos ou mágoas. mas nada forte o suficiente pra acabar com o laço de amizade entre os dois.
a garota derrepente tinha algumas dúvidas incertas sobre o real sentimento pelo o que o garoto sentia por ela. mas não adiantava, não passavam de meras hipóteses ..
muitos momentos inesquecíveis eles tiveram, desde infância .. e eles eram os baixinhos mais bobos e felizes que tinham. desde muito tempo os dois tinham uma história.
até que um dia, ele acabou fazendo uma revelação que confirmava as suas hipóteses. sim sim, ele a amava não só como uma amiga, e sim como a garota dos 16 anos na época desleixada e com opiniões muito formadas sobre várias coisas.
ela me disse que na hora parecia que todos os órgãos dela estavam na garganta, e ela sentia uma certa culpa. ela retrocedeu muitos momentos de acordo com os sentimentos dele. e se sentiu um pouco envergonhada. e depois disso, ele começou uma guerra novamente mas muito mais diferente e complicada .. a de conseguir conquistá-la.
e com o tempo, ele foi ganhando ela com as palavras e com os sentimentos é claro. ela me dizia que era de uma pureza inacreditável que vinha dele .. e ele conseguiu mais uma vez ganhar essa guerra. conseguiu o coração dela por completo.
depois dessa experiênica ela amadureceu e ele também. e ela sim, foi realmente e incondicionalmente feliz ao lado dele. o duro era macio, o feio era mais bonito, o preto era mais colorido, o cheiro era mais doce. ela se considerava nas nuvens, se considerava a adolescente mais feliz do mundo. ela tinha as vezes medo de ser um sonho de que a qualquer momento ela poderia acordar e voltar a realidade.
um dia, tudo acabou. o olhar dele não era o mesmo as palavras não eram mais tão delicadas, o tempo entre nós não nos fazia mais esquecer do mundo além de nós. tudo mudou de uma forma muito brusca. os dois se magoaram, os dois ficaram mêses sem se ver, e sofrendo sozinhos.
até que ela descobriu algo que a fez se despedaçar, fez sentir algo atravessando ela, fez se sentir o ser mais despresível. a fez se sentir o nada.
hoje ela está aí bem .. andando por aí com a cabeça erguida sem se queixar do sofrimento cruel de mêses. ela está aí andando pela rua com o seu mesmo estilinho desleixado, e tocando o seu violão .. nada de letras românticas ..
mas hoje ela sabe o que é realmente ser induzido para algum lugar em que você não tem a remota noção da onde você vai parar.
mas ainda sim, ela sonha em encontra um precipício que não a mate, e sim que o contato com a realidade não a faça mais sagrar, e que a faça flutuar. o amar é caro, mas é um vício de masoquismo que todos nós gostamos de sentir.

Um comentário:

Jonas Rafael Ludwig disse...
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